"Vocês"? Não, tu.

O frio aperta, e nos poucos dias em que os raios de sol despertam por entre as nuvens e se refletem no meu cabelo, eu penso o quanto as coisas mudaram. Penso no tempo que passou, e nas modificações que decorreram até aqui.Uma vez que olhar o passado já se torna habito, não doí fazê-lo. Quer dizer... doí, doí se nos concentramos em certas pessoas. Pessoas especiais, que nos fazem falta.Aquelas que já não estão connosco, e aquelas que estão mas que decidiram mudar e dessa forma nos magoam. Aquelas que por uma razão ou duas, ou milhares delas, nos fazem falta. Afinal de contas,o facto de não as esquecermos com facilidade devido ás saudades, deve-se ao facto de termos absorvido algo de bom enquanto elas permaneciam do nosso lado. Deve-se ao facto das memórias terem-nos marcado na altura certa. E a um certo momento na minha vida, eu decidi dispensar quem não era essencial.Escolhi as mais verdadeiras e aquelas que menos se aproximavam disso, tive que dispensar. Mas isso não impede que cuide delas e olhe por elas em silêncio. Eu apenas tive que fazer escolhas, apenas tive que fazer uma separação. Nada impede que vos proteja por mais longe que esteja. Quanto aquelas que eu não dispensei, mas que partiram, eu também cuido de vocês, também vos protejo. Duma maneira diferente , bastante especial.Por mais irônico que pareça, são de vocês que eu mais sinto falta. Porque por uma, ou duas, ou milhares de razões, vocês marcaram-me como ninguém fez, á sua maneira. E por uma, duas ou milhares de razões, vocês decidiram partir sem deixar bilhete.