The last

Acordei, olhei para o telemóvel e faltavam vinte minutos para as sete da manhã. Tinha uma mensagem tua, mais uma, nada de importante. Não cheguei a perceber o porquê de ter despertado tão cedo, portanto decidi calçar os chinelos, vestir o robe e ir um pouco até á cozinha comer algo vindo do frigorifico. Tirei um iogurte, e pus-me a bebê-lo enquanto avistava o mar da minha enorme varanda com um sorriso brilhante. Estava frio, e o sol mal tinha nascido. Apenas as luzes da minha rua conseguiam cintilar. Estava vento e um pouco de frio. Decidi ir para dentro, e sentei-me na cadeira que tinha mais á mão. Tirei o telemóvel do bolso direito do roube ás bolinhas brancas que tinha vestido, e pus-me a ler a mensagem que me mandaste ontem á noite, pois entretanto adormeci sem a ler. Sorri e o meu sorriso mostrava contentamento. Mostrava alegria logo pela  manhã e bom humor matinal. Mas o meu coração...esse esperava outra coisa. Aliás, ele estava já a persentir uma certa dor. Ele próprio já sabia que mais tarde, pouquinho mais tarde, eu não te ia ter do meu lado. Não ia acordar bem disposta e com um sorriso nos lábios, pronta a avistar o mar com a certeza que ias ficar comigo.Eu sabia que por mais linda que fosse a mensagem e por mais belíssimas palavras que contivesse, seria a ultima.